A deputada federal Carla Zambelli concede entrevista para a imprensa na saída do Palácio da Alvorada em
Brasília (DF), nesta quarta-feira (29). Foto: Wagner Pires / Futura Press
Terra - A deputada federal Carla
Zambelli (PSL-SP) irá depôr perante a Polícia Federal (PF) na
próxima quarta-feira, 13, no inquérito sobre as acusações do ex-ministro Sergio Moro contra
"interferências políticas" do presidente Jair Bolsonaro na corporação. O gabinete
da parlamentar informou que ela foi notificada da oitiva na tarde desta
quinta-feira, 7.
Zambelli propôs antecipar
o depoimento, mas a data foi mantida. Em nota, a deputada afirmou que
"prestará todas as informações necessárias" e que "não tem nada
a esconder".
"Está claro para todos que
minha intenção sempre foi buscar a pacificação de qualquer conflito e que, em
momento algum, tentei oferecer um cargo ao ex-ministro, até porque não tenho
qualquer prerrogativa para fazê-lo", afirmou.
Carla
Zambelli irá depôr acompanhada dos advogados Rodolfo
Maderic e Huendel
Rolim. A deputada foi listada para depôr após Moro revelar mensagens
trocadas com a parlamentar que indicariam a pressão de Bolsonaro para a
substituição de Maurício
Valeixo pelo diretor da Abin, Alexandre Ramagem, do comando
da Polícia Federal.Em uma das
conversas entregues à PF, Zambelli pede que Moro aceite a mudança
na direção-geral da PF solicitada por Bolsonaro e, em troca, ela
se comprometeria "a ajudar" o ex-ministro com uma vaga no Supremo
Tribunal Federal. "Vá em setembro para o STF. Eu me comprometo a ajudar. A
fazer o JB (Jair Bolsonaro) prometer", escreveu a
deputada.
Moro respondeu que
não estava "à venda".
Alexandre
Ramagem foi o nome indicado por Bolsonaro para
o comando da PF. A nomeação, contudo, foi suspensa por liminar do
ministro Alexandre de Moraes, do STF, e anulada pelo Planalto. Em
seu lugar, o governo escolheu Rolando
Alexandre de Souza, braço direito de Ramagem na Abin.
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